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"Mulher-Menina", por Ieda Tinoco Boechat

Poesia

Mulher, és sempre menina
na irreverência responsável,
na liberdade para alguns impensável,
no uso lúdico da mídia digitável,
na travessa forma de envelhecer.

És risada que cura,
força que inspira,
colo que consola,
conversa que esclarece,
astúcia que não te deixa esmorecer.

Revigoras-te na natureza.
Revitalizas a natureza.
Revigoras-te em tua lúcida coragem.
Revitalizas-me com tua intrépida seriedade.
Revigoramo-nos em nossa sincera amizade.

Aprecias fotografias,
e nisso nos assemelhamos.
Escreves com a alma,
e nisso nos regozijamos.
Reverencias a família
e nisso também nos encontramos.

Tens vontade de viver,
e isso me encanta!
Tens resposta para tudo,
e isso me diverte.
Tens determinação,
e isso também nos aproxima.

A menina, que não se cansa de brincar,
pinta e borda no meu coração.
A mulher, que não se lembra de idade contar,
lança-se à existência com divina devoção.

Ah, mulher-menina, gosto de entrever-te...
tu queres me ver e me deixas ver-te,
tu ris comigo e aceitas meu amor,
tu és sábia no meu e no teu dissabor.

Assim, simplesmente, sendo quem és,
não apenas no nome e sobrenome
ou no histórico aparato de pudim,
eternizas-te em mim.

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