Ieda Tinoco Boechat
Sobre Ieda
Sou itaperunense desde a manhã – 7h30min – do dia 21 de fevereiro de 1968, o que meu pai fez questão de registrar em um calendário daquele ano, que nomeavam “folhinha”. O cuidado mencionado, uma tradição familiar, repetiu-se em outras ocasiões, como, por exemplo, com a primeira mecha que cortaram dos meus cabelos que guardo até hoje – ela foi afixada em uma página destacada de uma “folhinha”. Cresci na Fazenda São João, andando a cavalo com meu pai, meus irmãos e primos, aprendendo a bordar com minha mãe e a cozinhar com minha Dá, Maria das Graças Ferreira.
Sou a quarta filha do zeloso casal Vasti Lacerda Tinoco Boechat e Norberto Boechat de Moraes Ribeiro. Tenho por irmãos Hildeliza Lacerda Tinoco Bechat Cabral, Norberto Boechat de Moraes Ribeiro Filho, Vasti Lacerda Tinoco Boechat Chequer e Leila Maria Tinoco Boechat Ribeiro. Mais recentemente comecei a conviver com Roberta Aparecida de Souza Moraes Ribeiro, filha de meu pai. Todos se casaram e me brindaram com 9 sobrinhos; tenho também 4 sobrinhas-netas e 1 sobrinho-neto. Sou divorciada e não tive filhos.
A minha educação infantil deu-se no Jardim de Infância Maria Madalena Magacho dos Santos e foi no Colégio Estadual 10 de Maio que cursei os ensinos fundamental e médio. Na Fafita, licenciei-me em Ciências Naturais com licenciatura plena em Matemática e cursei pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional. A referida Instituição de Ensino Superior acolheu-me em seu auditório algumas vezes, pois ali participei de minhas audições, quando estudava na Escola de Música Santa Cecília conveniada ao Conservatório Brasileiro de Música em minha infância, além das semanas acadêmicas como aluna na licenciatura e, 20 anos depois, como docente no Curso de Psicologia, já nomeada UniFSJ.
Na Unesa, cursei a graduação e licenciatura em Psicologia. Cursei também a pós-graduação em Psicologia Humanista-Existencial em Campos dos Goytacazes paralelamente à especialização em Terapia Familiar Sistêmica Breve na Núcleo-Pesquisas no Rio de Janeiro.
Na Uenf, cursei mestrado e doutorado em Cognição e Linguagem orientada pelo Prof. Dr Carlos Henrique Medeiros de Souza. Minha dissertação foi adequada para a publicação da obra "AS FAMÍLIAS E AS TECNOLOGIAS DIGITAIS: a comunicação pela articulação de vieses não antes explorados" pela Editora Appris (2017). Minha tese intitulada “AS CIBERFAMÍLIAS EM TERAPIA: uma proposta de terapia familiar baseada em Heidegger para compreender as famílias que se (re)inventam na tessitura da (ciber)cultura” encontra-se disponível no site da Uenf e pode ser acessada pelo link http://www.pgcl.uenf.br/arquivos/tese-asciberfamiliasemterapia_090620222113.pdf.
Atuei na docência da pós-graduação lato sensu em Psicologia (ISE CENSA), em Saúde da Família (Unig) e em Psicopedagogia (UniFSJ). Atuei por trinta anos como professora da rede estadual de ensino vinculada à Seeduc/RJ. Atualmente, durante a semana, atendo em consultório particular como psicóloga clínica e terapeuta de família, participo de congressos e jornadas da área e de atividades da Academia Itaperunense de Letras da qual sou tesoureira, e aos fins de semana aprecio a companhia e a experiência do meu nonagenário pai.
Minha carreira profissional e minha existência são marcadas por uma tônica: estou sempre estudando. Assim, vivencio a maior parte das minhas horas lendo, escrevendo e reescrevendo, pois produzir texto é uma arte e ela me envolve e me encanta, esqueço-me do tempo. Escrever é, para mim, uma oportunidade singular de aprofundar conhecimentos a respeito de temas atuais e de expressar o que sinto e penso acerca das coisas mais simples e especiais do meu cotidiano, como o falecimento de minha mãe em 24 março de 2021. Os confrades e as confreiras da Acil têm sido muito importantes para que eu siga aprendendo sempre mais sobre a arte de experienciar a vida em verso e prosa.
Cheguei a pensar que havia substituído o crochê, o bordado, o artesanato em tecido, o desenho e a pintura pela arte de tecer e colar, delinear e alinhavar palavras no monitor que os tempos midiáticos me emprestam. Até que meus sobrinhos-netos chegaram e decidi escrever seus nomes em linha mercer crochet 60 – herança de minha mãe e presente de minha tia –, fazer-lhes organizador de brinquedos reciclando caixotes de madeira e mesinhas reciclando pallets.
Poesias